O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
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3 comentários:
"Gira, a entreter a razão..." e a complicar-nos a vida ou não???
FELIZ 2009 Matrix e que encontres a verdade que procuras meu amigo!
A verdade é a Vida...
Apenas isso!
E nada mais!
Bom Ano Mimanora!
:)
Adoro este poema dele!
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